Licitação de 7000 lotéricas pode ser um desastre para empresários do setor

A Febralot enviou no final de março um ofício para a Caixa Econômica Federal e no início de abril também ao Exmo. Presidente da República, Sr. Jair Messias Bolsonaro, condenando as possíveis 7000 novas licitações de unidades lotéricas previstos pela permitente. No documento em questão, a Federação destaca que, conforme a previsto no inciso V, do art.3º, da Lei nº 12.869/2013 e também no item 13.1 da Circular CAIXA 745/2017, é necessário um estudo de viabilidade técnica para que novas lojas sejam abertas e isso não tem sido feito ou não tem sido mostrado nem à Federação e nem à população em geral, que deveriam ter conhecimento.

Um exemplo do que pode acontecer pode ser ilustrado com o caso a seguir. Um relato de um empresário lotérico do Paraná diz que em uma cidade vizinha à dele (Nova Aliança do Ivaí) o proprietário de uma Unidade Lotérica fechava o mês com uma arrecadação máxima de R$300,00 em jogos e como nos municípios com poucos habitantes a casa lotérica é, às vezes, o único posto bancário, o empresário não consegue manter seu funcionamento com tão pouca arrecadação. Vale destacar que a arrecadação bruta em locais como estes chega a variar entre R$2000,00 e R$3000,00 por mês. Conclusão, a unidade fechou as portas por não conseguir suprir suas despesas e, poucos empresários se arriscarão a tentar reabrir esta unidade, o que tirará da população um dos poucos, talvez o único, posto bancário para seus pagamentos de contas.

A situação é crítica e pode ficar ainda pior caso a abertura de mais 7000 casas lotéricas sejam efetivadas em todo o país sem o estudo de viabilidade adequado. Estudo este que deve, conforme exige a Febralot, constar no corpo descritivo das licitações para que os futuros candidatos tenham um conhecimento real da viabilidade do investimento (alto) que pensam em praticar. Isso não é feito e é uma forma de informar aos inexperientes empresários que almejam atuar no setor, que o risco é muito maior do que parece e, dependendo da localidade a atividade já está fracassada antes mesmo de iniciar.

Hoje a Rede Lotérica é composta de cerca de 13.000 unidades que atendem com eficiência 100% das necessidades da população. São mais de 100 milhões de pessoas atendidas e não há necessidade de ampliação do número de unidades, principalmente, levando-se em conta que grande parte dos empresários atuais já estão endividados.

A Febralot exige que as atuais lojas sejam vistas como prioridades pela gestora Caixa e não como segunda opção. Esta pulverização da atividade só aumentará de forma predatória a concorrência, condenando definitivamente aqueles empresários que milagrosamente ainda se sustentam. Além disso, a gestora apresenta um superávit de bilhões, ano após ano nos balanços apresentados e com as licitações conseguiria um faturamento recorde, entretanto vários empresários que já estão na atividade passam por problemas que há anos não os tiram da situação falimentar que se encontram. É preciso que a população e os órgãos relacionados estejam cientes e apoiem esta causa.

O que a Federação Brasileira das Empresas Lotéricas pede é o puro e simples cumprimento da Lei, que por si só já elimina a possibilidade de mais este desastre para a Categoria.

FONTE: https://www.febralot.com.br

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